Reutilizar

Olá, pessoal.

Alguém aí já parou para pensar na quantidade de lixo e rejeitos que estamos deixando para trás? Muita gente sequer tem consciência disso. Outros dizem que a solução vai aparecer quando o problema for grande o suficiente. Outros ainda colocam a culpa nos governos, porque não têm um programa eficiente de reciclagem. O que todas essas pessoas têm em comum é a tendência de achar que tanto o erro como a solução é de outro.

Ok, materiais 100% recicláveis podem até ser a solução do futuro, mas hoje, isso não existe. Hoje, em nossas casas, não podemos, por exemplo, reciclar vidro. Tão pouco há uma instituição à mão que faça isso por nós. Mas, se não podemos reciclar o vidro, podemos dar a ele um outo destino, que não seja o da lata do lixo.

Olha o artesanato aí, gente!!

Uma historinha para ilustrar o assunto: uma vez, recebi uma bomboniere de vidro cheia de trufas de chocolate como presente de Natal. Após comer todas as trufas, fiquei com o vidro, bonito, transparente, mas inútil naquele momento. O que fazer? Jogar fora? Guardar no fundo do armário para uma improvável necessidade futura?

Tive uma ideia melhor: a pessoa que me deu esse presente faz aniversário em abril. Vocês já entenderam, né? Por que não dar um trato de decupagem naquela bomboniere e transformá-la em um presente de aniversário?

O resultado desta transformação está ilustrada na chamada deste post. Decupagem simples com guardanapo e efeito craquelê. Presente feito e vidro salvo do lixo.

Nesse caso, a função do pote foi preservada, mas muitos objetos podem ser reutilizados de outras formas. Só temos que usar a imaginação e ver, em objetos que seriam descartados, uma nova identidade. É a boa e velha atividade de transformar lixo em luxo. Os oceanos e a natureza agradecem”

É isso. Uma ótima semana a todos e até a próxima!

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Transformação

Olá, pessoal!

O artesanato não é apenas a arte de criar. É, também, a arte de transformar. Para mim, esse é um dos desafios mais prazerosos desta atividade: revitalizar uma peça que está quebrada, usada, suja, etc. Uma peça cujo destino seria o descarte e o lixo, aumentando ainda mais a poluição do nosso já tão poluído meio-ambiente. Renovar uma peça pode significar renovar todo o ambiente a seu redor. E, se for uma peça de valor sentimental, significa resgatar essa carga emocional. Eu divido essa atividade em duas categorias principais: reuso de objetos descartáveis e revitalização de objetos existentes, mas já deteriorados.

Um ótimo exemplo da primeira categoria são os objetos que chegam até nós já como produtos a serem descartados, como, por exemplo, as embalagens. Como, de forma geral, embalagens são feitas de papelão, uma técnica que gosto de utilizar nesse caso é o scrapdecor. Os exemplos abaixo são, originalmente, caixas de sapatos que foram trabalhadas com essa técnica.

Reutilizando objetos

A segunda categoria abrange objetos que temos em casa e que não estão mais em condição de uso. Muitas vezes, não temos coragem de jogar esses objetos fora, porque eles têm um valor sentimental para nós. Por isso, preferimos escondê-los em gavetas ou no fundo do armário. O problema é que, assim, nós os tiramos de nossa vista, e seu valor sentimental acaba sendo escondido também. A decupagem é uma ótima técnica de resgate deste tipo de objetos. Foi o que aconteceu nos casos ilustrados abaixo:

Recuperando objetos

As caixas acima foram salvas do lixo com decupagem de guardanapo e o uso de pintura com stencil. Essas e outras técnicas transformam o que, hoje, chamamos de lixo, mas que, amanhã, pode alegrar a vista e restaurar boas memórias.

Resumindo, o artesanato é a arte de criar, sim, mas, não necessariamente, do zero. Podemos criar ou recriar um objeto. Só depende de nossa imaginação.

Uma ótima semana a todos!

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A primeira peça

Bom dia pessoal!

Quando decidi fazer decupagem, optei por um curso presencial em uma loja de artesanato. Minha primeira aula foi uma peça simples, onde seria feito um trabalho de decupagem com guardanapo.

Escolhi uma caixinha de chá pequena, sem divisórias. A tampa tinha um recorte a laser, o que viria a apresentar um desafio. O professor da loja, entretanto, disse que, como eu havia gostado da peça, deveria ir em frente.

Peça e guardanapo escolhidos, comecei meu primeiro trabalho com guardanapo: lixei e passei base e tinta branca, já que essa é a cor preferencial de fundo quando se trabalha com guardanapos.

Antes de continuar, devo esclarecer como era realizada a aula. Éramos cerca de seis alunos que nos sentávamos ao redor de uma grande mesa de trabalho. O professor circulava por esta mesa, dando atenção a cada um dos alunos, os quais realizavam trabalhos diferentes.

Voltando à narrativa, pintada a caixa de branco, o professor me disse que passaríamos à etapa de colagem do guardanapo. O primeiro passo era, então, tirar duas das camadas do guardanapo para trabalhar apenas com a camada do desenho. Aí eu congelei e fiquei olhando para ele à espera da pegadinha.

Como assim? Eu tenho apenas um guardanapo!

Sim, mas toda folha de guardanapo é constituída por três folhas de papel sobrepostas. Duas dessas folhas são brancas e a outra tem o desenho.

Eu devia estar com uma cara muito estranha, porque ele riu, pegou meu guardanapo e separou suas três camadas. Era verdade! Havia três camadas de papel lá! Foi minha primeira crise de riso no mundo da decupagem,

Feito isso, ele me disse para passar cola de decupagem na caixa, de forma a fixar a camada do guardanapo que tinha o desenho escolhido. Enquanto eu passava a cola, ele foi dar atenção a outros alunos.

Quando terminei de passar cola, eu o chamei com a satisfação de ter alcançado o momento nobre da decupagem. O professor chegou, olhou por alguns momentos e travamos, mais ou menos, o seguinte diálogo:

Você passou cola nos quatro lados da caixa?

Sim. Não foi o que você disse para fazer?

Era para passar cola em apenas um dos lados da caixa! Como vamos fazer para firmar a caixa e fixar o guardanapo?

Como vou saber? Você disse para passar cola, então eu passei!

Esse fo meu primeiro momento de desespero no mundo da decupagem. Minha primeira peça com guardanapo e eu a havia estragado!

Bom, claro que o professor assumiu e deu um jeito na situação. O guardanapo ficou sem uma continuidade perfeita, mas acabei a aula com uma caixinha de chá que me acompanha até hoje! Cada vez que que olho para ela, lembro que sempre há algo novo para aprender e que as coisas óbvias só o são depois que você passa pela vivência da prática.

É isso, então. Uma ótima semana a todos!

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Decupagem

Bom dia, pessoal.

Percebo agora que estou sendo muito vaga quando falo de artesanato. Essa é uma atividade muito ampla e preciso especificar melhor o tipo de artesanato a que me dedico: decupagem.

Decupagem, basicamente, é a arte de decorar peças de madeira, vidro ou plástico com recortes de papel. Um dos tipos de papel mais utilizados para decupagem é o guardanapo. Sim, guardanapo! Existem modelos e desenho lindos e diferentes.

Recordo uma situação engraçada a respeito de guardanapos. Fui à festa de 80 anos de uma pessoa muito querida. Chegando lá, me deparo com uma decoração caprichada e de muito bom gosto. As mesas estavam simples, mas elegantemente decoradas e, como que olhando para mim, no local que me foi indicado, estava um guardanapo decorado de arabescos, com direito a um anel de arranjo. A função deste guardanapo era claríssima: havia sido posto lá para que eu pudesse limpar a boca, uma função totalmente utilitária, mas, para mim, totalmente inexequível. Usar um lindo guardanapo para limpar a boca? Nunca! Isso é um crime!

Fui logo avisando que limparia a boca com um guardanapo branco, um papel toalha, um lenço de papel, qualquer coisa, mas o meu guardanapo decorado iria direto para a bolsa, incólume! Ele merecia uso mais nobre e o teria.

Como ainda não havia providenciado o presente da aniversariante, decidi, ali mesmo, que o presente seria uma caixa trabalhada por mim e que eu usaria o guardanapo da festa na decupagem de sua tampa, com o anel de arranjo e tudo! Assim o fiz! Entreguei o presente alguns dias depois e ainda fiquei com uma folha para usar em algum trabalho posterior.

Dá um prazer enorme fazer e presentear objetos, porque eles são feitos pensando na pessoa e são totalmente identificados com ela. Esse, então, tem toda uma história e vai sempre remeter àquela festa tão legal.

Uma ótima semana para todos!

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