Repaginando

Bom dia, pessoal!

Depois de algumas semanas com problemas no site, o blog voltou à atividade. Nada melhor, então, que uma postagem sobre decupagem para comemorar esse retorno. Apesar de a pandemia estar mostrando que seu fim pode estar muito próximo, eu ainda não voltei ao artesanato como atividade regular. Ainda estou evitando sair constantemente de casa e, portanto, não voltei ainda a frequentar lojas de artesanato, visitar clientes etc.

Por outro lado, não posso parar de praticar, primeiro porque o treino é muito importante para qualquer atividade e depois porque ainda tenho muito material em estoque e ele tem que ser usado, ou corre o risco de estragar. Isso me coloca em um grande dilema: como fazer para praticar artesanato sem vender peças e sem encher a casa de produtos?

Encontrei a solução na repaginação de produtos já existentes. Essa talvez seja, também, uma boa forma de usar o artesanato nesses tempos de crise. Muitas vezes, o produto que queremos já pode estar em nossa casa, precisando apenas de uma repaginada para nos deixar satisfeitos.

Resolvi, assim, repaginar minha mandala, feita há alguns anos, em uma das primeiras aulas de artesanato que fiz. A mandala não era um papel de decupagem, mas um papel comum, de um livro de colorir para adultos, que eu mesma tinha colorido. Com os anos, as cores desbotaram e a peça foi ficando velha. Esse é um exemplo perfeito de produto que não precisa ser jogado no lixo, aumentando ainda mais a poluição no mundo.

Coloquei, então, mãos à obra e mudei tudo: tema, estilo e técnica. Ainda dei uma funcionalidade à nova peça, acrescentando ganchos para pendurar chaves ou qualquer outra coisa. O resultado vocês podem conferir na figura de apresentação desta postagem, que mostra o produto original, o produto já com o desgaste do tempo e sua repaginada.

Essa pode ser uma ótima solução para tempos de crise e, assim, estou voltando aos poucos à ativa. Tenham todos uma ótima semana!

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O Retorno

Bom dia, pessoal.

Estou muito feliz, porque esta semana eu voltei ao artesanato! Este processo de retorno será lento e gradual: não estou atendendo encomendas, expondo peças nem nada do tipo. Ainda estou usando o material já em estoque e fazendo as coisas bem devagar. Esta semana, porém, foi bem marcante para mim.

A primeira grande notícia é que, até agora, ainda não encontrei nenhum material estragado. Minha grande preocupação eram as tintas. Por mais que eu tenha chacoalhado os potes durante este período (confesso que não muito periodicamente), foram quase dois anos de estoque. O produto que não resistiu muito bem foi um tubo de cola branca. Não endureceu completamente, mas tem sido necessário passar cola com o auxílio de um palito.

Essa semana fiz, como pode ser visto na figura de chamada, um porta batom em madeira e reutilizei algumas latas de leite em pó, além de ter começado um curso de artesanato em madeira para fazer uma reciclagem. Essas atividades me deram uma sensação realmente muito boa e fiquei bastante feliz.

Claro que, como muitos novos procedimentos criados na pandemia, a escrita de textos para este blog vai continuar a ser bem variada. Não poderei nunca me esquecer como escrever aqui me ajudou a passar por esse longo período de inatividade no artesanato! Da mesma forma, a literatura também foi uma grande companheira e seu espaço aqui está garantido.

Esse retorno, claro, não significa que eu acho que a pandemia tenha acabado e que o “normal” voltou. Ainda pretendo manter todas as medidas de segurança por muito tempo, mas, já vacinada, começo a ver uma luz no fim do túnel.

Tenham todos uma ótima semana!

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Ele voltou!

Bom dia, pessoal!

Depois de longos meses criando e viabilizando uma nova rotina doméstica por conta do coronavírus, estou feliz por ter conseguido reinserir o artesanato no meu dia a dia! Claro que as condições ainda não estão normalizadas, já que eu ainda não estou saindo para comprar material ou fazer entregas, mas voltar à prática é um primeiro passo que me deixou bem feliz.

As caixinhas da chamada não são novas. Elas eram forradas de tecido e já estavam bem sujas. Então, consegui utilizar o material que tenho em casa para reciclá-las. Gosto muito dessa atividade porque me dá a sensação de que estou contribuindo para diminuir a quantidade de lixo no mundo. Então, além de simbolizar a possibilidade de reciclar e reutilizar material, essas caixinhas marcam meu retorno ao artesanato, ainda dentro desta crise que não sabemos quando e como vai passar..

Hoje em dia, eu já não acredito que a maioria das pessoas pense em adquirir novas rotinas e novos hábitos. As praias e bares lotados, as festas e o comportamento das pessoas em promoções mostram que não haverá o chamado novo normal, pelo menos, não para a maioria.

Isso, para mim, apenas mostra que a sociedade humana não cultiva a empatia, que pode ser encontrada apenas em indivíduos ou em pequenos grupos. Acredito que muitos desses indivíduos, sim, viverão uma nova normalidade e que esta exigirá que medidas tomadas durante o confinamento transformem-se em rotina.

Não sei como o artesanato vai entrar nesse novo normal, do qual pretendo fazer parte: vender apenas pela Internet? Utilizar serviço de entrega terceirizado? Como fazer compra de material em lojas físicas? Como funcionarão as feiras de artesanato? São muitas perguntas a se fazer e muita logística a se construir, mas essas perguntas e essa logística são necessárias.

Enfim, ter voltado a praticar e a assistir a meus cursos pela Internet me deixaram muito feliz, mesmo sendo apenas o primeiro passo. Para mim, é claro que as coisas não podem ser como anttes, mas as coisas diferentes não necessariamente são piores. É confiando nisso que desejo a todos uma ótima semana!

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Pensando nos novos tempos I

Bom dia, pessoal.

   O que nasceu como uma defesa contra a COVID-19 me fez pensar muito sobre a questão da higiene, principalmente no que se refere à higiene domiciliar.

   Essa crise que nos atingiu e transformou nossas vidas é causada por uma doença respiratória que, como toda a doença desse gênero, afeta as pessoas em diferentes graus, de acordo com suas condições imunológicas, e causa mais estragos no inverno.

   Minha visão de leiga é que uma doença respiratória vai fazer mais estragos em pessoas que não respiram de forma eficiente. Podemos ver o sistema respiratório como um encanamento com um filtro de entrada e outro de saída (sempre lembrando que eu não sou médica!). O filtro de entrada, também chamado de nariz, é responsável pela filtragem do ar que entra na inspiração. Portanto, quanto menos sujo e poluído este ar estiver, maior será a eficiência de filtragem do nariz. Daí vem a necsesidade de manter um ambiente limpo e arejado em casa, principalmente porque é aí que estamos quase todo o tempo, pelo menos os que estão conseguindo fazer o isolamento social.

   Com isso em mente, tenho mantido a casa arejada e feito a limpeza diária do chão, o que tem realmente melhorado a qualidade de minha respiração. Claro que isso é bastante trabalhoso e requer tempo, mas podemos encontrar maneiras de facilitar a tarefa.

   Se limpar a casa é trabalhoso, a primeira coisa que penso em fazer para facilitar a tarefa é evitar que a sujeira entre, ou pelo menos diminuir essa entrada. Os povos orientais cultivam o hábito de não entrar em casa com os sapatos utilizados na rua, evitando trazer sujeira, vírus e bactérias da rua para dentro de casa. Esse me parece um exelente hábito a ser cultivado, mas que precisa de certa estrutura, principalmente quando você pensa em visitas.

   Eu estudei algumas medidas de higiene que estão sendo tomadas em consultórios e a que me pareceu de mais fácil adaptação em minha casa é o que se chama de propé: proteções que as visitas podem calçar sobre os sapatos que estiverem usando.  Já pensando em adquirir este produto, nada melhor que usar o artesanato para fazer uma caixa onde deixar esse material próximo a porta de entrada. Nesse caso, usei o que chamamos de artesanato sustentável, e minha caixa é um pote de sorvete com a tapa de lenços umedecidos.

   Essa é a primeira de uma série de medidas e ideias que acredito que serão necessárias no futuro. Ainda pretendo trabalhar algumas outras ideias e ir divulgando-as por aqui. Por isso o I do título.

Vou ficando por aqui, desejando que vocês tenham uma ótima semana.

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Reutilizando materiais para a Páscoa

Bom dia, pessoal.

Estão chegando duas datas importantes para o artesanato: Páscoa e Dia das Mães. São datas nas quais as pessoas presenteiam e isso significa uma possível busca por produtos artesanais. São datas de características diferentes e, hoje, vou me concentrar na Páscoa.

Os presentes da Páscoa, ao menos da Páscoa católica, costumam se concentrar no chocolate, na forma de ovos ou bombons. Não dá para competir com isso, mas, sendo assim, a decupagem pode focar nas embalagens desses itens, que é uma forma de valorizar e diferenciar o produto final. Eu gosto de usar a técnica da decupagem para reutilizar embalagens como: latas de leite, latas de extrato de tomate, potes de geleia etc.. Desta forma, além do produto ficar mais barato, eu ajudo a diminuir a quantidade de lixo gerada nesse nosso mundo.

Isso me lembra que, aqui no Rio de Janeiro, foi criada uma lei que determina que os supermercados não podem mais distribuir gratuitamente sacolas plásticas. A princípio, poderia pensar-se que essa é uma excelente ideia. O problema é que se trata de uma ideia vazia; não há uma campanha de separação do lixo, não há uma política de coleta seletiva, e parece que a tal lei só se aplica aos supermercados. No fim das contas, parece mais uma campanha para atender os interesses de alguma indústria.

É realmente uma pena. Já está mais que na hora de promovermos tanto o consumo como o descarte consciente. Já disse antes que o artesanato não dá conta de reduzir significativamente o lixo do planeta. ele consegue apenas dar uma pequena contribuição no sentido de reaproveitar materiais que seriam descartados sem nenhum tipo de tratamento.

As pessoas podem pensar que os problemas e a poluição geradas pelo lixo que geram estará muito longe e nunca atingirá suas vidas, mas o povo do Rio de Janeiro, por exemplo, está tendo, neste verão, uma boa amostra do que acontece quando as águas que abastecem sua casa estão poluídas e não são bem tratadas.

De qualquer forma, posso sempre fazer a minha parte, por menor que seja, e, para isso a Páscoa é uma ótima oportunidade

É isso, então. Tenham todos uma ótima semana!

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Encomendas

Bom dia, pessoal. Hoje, vou dar uma dica que tem funcionado para mim.

Existem dois tipos básicos de situações no artesanato. Você pode fazer uma peça da sua cabeça e tentar vendê-la ou alguém pode encomendar uma peça. Entre essas duas situações, eu, como pequena artesã, prefiro a segunda. Dentre várias razões, posso citar: saída certa, uso de cores e temas de acordo com o gosto de cliente etc.

Entretanto, fazer uma peça encomendada tem seus problemas. Geralmente, começo fazendo uma entrevista informal com o cliente para ter uma ideia de seus gostos em relação a tons de cores: que tons ele gosta e, principalmente, se há um tom que ele odeie. Já fiz caixas que as pessoas gostaram muito, mas que não comprariam porque não gostavam da cor usada! Além disso, gosto de perguntar de que tipo de tema o cliente gosta: flores, animais, natureza etc.

Depois dessa etapa inicial, porém, não há mais interação. O cliente verá a peça concluída, mas não as etapas intermediárias. Isso é muito importante para que a criação da peça ocorra sem interrupções. Dessa forma, trabalhar sob encomenda não tira a minha liberdade de criar. Só me dá um norte para guiar a produção.

Não é sempre, porém, que há encomendas para atender, e esses intervalos são ótimos para criarmos peças utilizando e treinando novas técnicas e novos produtos. Essas peças não encomendadas podem ser oferecidas nas minhas redes sociais ou podem ser usadas para presentear amigos. De qualquer forma, o importante é estar sempre produzindo.

Assim como em várias outras atividades, o treino e a prática são importantes. Acho interessante fazer peças pequenas e rápidas utilizando técnicas diferentes (carimbo, stencil, emboss, textura, resina etc.) em cada uma delas. Depois, se for necessário misturar técnicas para fazer um projeto encomendado ou simplesmente porque queremos fazer uma peça maior, nós o faremos com mais segurança.

É isso. Espero ter dado uma boa dica. Ótima semana para todos!

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Interpretações

Um dos últimos projetos que executei cumpre perfeitamente um preceito básico da decupagem: as cores e feitos do desenho usado deve servir de inspiração para o restante da peça.

Daí que, nesta caixa, eu usei um papel que mostrava um regador com uma aparência bem usada, equivalente a uma pátina. Então, não tive dúvida em reproduzir este efeito no corpo da caixa. Assim fiz, e fiquei bastante satisfeita com o resultado. Mas eis que surge uma voz discordante: minha mãe olha e pergunta … você vai consertar a pintura estragada, né ? Minha cara foi ao chão !!

Respirei fundo e disse a mim mesma que isso é algo com que qualquer artesão terá que conviver. Seus projetos e interpretações não serão nunca compreendidos por todos da forma que você pensou. Não podemos ficar neuróticos tentando agradar a todos!

A primeira pessoa que tem que ficar satisfeita com seu trabalho é você mesma. Isso, a meu ver, depende do desenvolvimento de uma característica que tem andado sumida em nosso mundo atual: a autoestima.

Autoestima nunca foi sinônimo de egoísmo ou narcisismo, mas é tão somente um sentimento de respeito a sua própria pessoa. É perceber que você até pode gostar ou se identificar com um grupo, mas que você é um indivíduo de gosto e opinião próprias. Se você não respeita e valoriza a si mesma, não espere que os outros o façam.

Então, no artesanato, além de gostar da atividade, o artesão tem que respeitar o seu esforço, confiar no seu gosto e ficar feliz com o resultado. Críticas são importantes e devem ser analisadas, claro, mas, procure, acima de tudo, ficar satisfeita com seu trabalho. Dito isso, minha mãe que me perdoe, mas, não, como vocês podem ver na figura de chamada deste post, não “consertei a pintura estragada”!

Uma ótima semana a todos!

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Anotando ideias

Bom dia, pessoal.

As oportunidades que a vida oferece não costumam ter hora marcada ou senso de oportunidade. Geralmente, nos pegam de surpresa e não duram muito. Isso vale, também, para a inspiração. Às vezes, temos uma ideia incrível, que parece sumir tão rapidamente como apareceu.

Por isso, mesmo neste mundo tecnológico no qual vivemos, mesmo com todos os apps de bloco de notas, gravações de vídeo e áudio, etc., confesso que sou das antigas e acho que nada é mais rápido que um caderninho e uma caneta. Considero que esses são objetos essenciais na bolsa de qualquer artesã. Anotar uma ideia na hora em que ela surge é fundamental, é uma oportunidade de criação que pode não se repetir.

Assim como as ideias, as informações e observações de tendências e moda com as quais nos deparamos também são muito importantes para o trabalho criativo. Deixa eu dar um exemplo prático: Um dia, estava conversando sobre cores e suas combinações e a outra pessoa me falou de uma combinação de cores que estava na moda: rosa e lilás. Na hora, achei que essa era uma combinação bem esquisita, mas anotei a informação. Poucos dias depois, estava conversando com uma futura mamãe e disse que queria fazer alguma coisa para o quarto do bebê.

A princípio, pensei em fazer uma surpresa total, mas, pensando melhor, achei que deveria ao menos perguntar de que cor seria o quarto, para poder combinar a a peça. Vocês já adivinharam a resposta, né? O quarto era rosa e lilás! Fiquei então convencida de que essa combinação estava realmente na moda e fiz a caixa de acordo. O resultado está na foto de chamada deste post.

Ao ver a peça pronta, constatei que essa combinação realmente funcionava. A partir daí, passei a utilizá-la tanto com os desenhos para colorir como nas peças de artesanato. Hoje em dia, o que eu acho estranho é o fato de, algum dia, ter achado que essa combinação era estranha!

Então, fica a dica: anotem sempre as ideias, sugestões e informações que surgem e que vocês achem interessantes. Nunca se sabe quando essas informações serão necessários, mas geralmente acabarão sendo.

Uma ótima semana para todos!

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Livros de Colorir para Adultos

Bom dia, pessoal.

Nunca desenvolvi uma veia artística, nem sequer sabia que tinha uma. Na verdade, nunca pratiquei arte (eu odiava a matéria na escola). Há alguns anos, porém, me vi exercitando a arte de colorir, o que estava na moda com os “livros de colorir para adultos”. Gente, vocês não estão entendendo: naquele ano, comprei ou ganhei uns vinte livros diferentes! Eram centenas de desenhos para colorir! Comecei a brincar com as cores, primeiro com lápis de cor e depois com canetinhas e, quando me dei conta, havia sido fisgada por essa atividade, que me dava momentos de distração e relaxamento. Até hoje, colorir é um hobby, mas, atualmente, é difícil encontrar esses livros no mercado, o que é uma pena, porque é realmente uma atividade relaxante. Aliado à arte do scrapbook, que abordarei em outro post, essa atividade foi minha porta de entrada para o mundo do artesanato; o prazer de fazer com as próprias mãos, de transformar matéria bruta em um produto com identidade própria é realmente um processo fascinante (Sr. Spock que me perdoe o uso do adjetivo).

Depois que comecei a trabalhar com decupagem, procuro usar esses desenhos (tenho centenas deles) na criação de peças artesanais, criando, assim, produtos totalmente únicos. Vocês podem ver exemplos destes trabalhos aí na figura de chamada desse post. Enfim, além de uma atividade anti-estresse, a arte de colorir me levou a outros patamares e isso faz com que eu seja muito grata a essa atividade. Ela surgiu no momento exato!

Hoje, não pinto esses desenhos com muita frequência, mas, quando passo em uma livraria ou em uma banca de jornal, sempre estico o olho a procura desse tipo de livro, que me proporcionou tantos momentos de relaxamento.

Em uma próxima oportunidade, falarei em como colorir esses desenhos também se tornou uma atividade importante para minha mãe, então com 85 anos. Até hoje ela pratica e seus desenhos são muito bacanas.

Uma ótima semana para vocês e até a próxima.

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Defeitos

Bom dia, pessoal.

Esqueci de citar uma característica na minha apresentação: sou perfeccionista, com tudo o que isso traz de bom e de mau. Não tem jeito, sou assim e não tem como mudar. Baseado nessa premissa, minhas peças têm que ser absolutamente perfeitas!

Essa era a teoria, mas, muito cedo, a prática do artesanato mostrou que uma nova teoria se fazia necessária. Peças perfeitas e artesanato, geralmente, não combinam. O processo artesanal faz com que cada peça tenha uma identidade própria; não existem duas peças iguais. Durante a confecção de um projeto artesanal, milhares de coisas podem dar errado, e acreditem, elas dão!

Então, como uma perfeccionista pode sobreviver no artesanato? Simples: ela tem que mudar ou, pelo menos, se adaptar, ser criativa e tolerante. Esse foi um processo difícil para mim e, até hoje, desafiador. Pode-se dizer que o artesanato é minha terapia de tolerância para com meus próprios erros.

Lembro de uma das primeiras lições que tive nas aulas presenciais de decupagem: não existe defeito, existe efeito! Como foi difícil entender e praticar tal conceito!

Cada vez que eu errava, minha inclinação era a de jogar a peça fora e começar tudo de novo. Só que, se você faz isso no artesanato, ou fica pobre ou fica anos trabalhando na mesma peça.

O exercício, então, é transformar o erro em um efeito, de forma que o trabalho continue. E é espantoso como, ao final, ninguém, a não ser você, sabe onde o tal erro está. A prática me mostra que é muito raro uma peça ser inutilizada no decorrer do projeto artesanal.

Esse meu lado intolerante com erros precisava mesmo ser trabalhado e, através do artesanato, estou dando alguns passos importantes. E claro, podemos fazer analogias entre esses erros artesanais e os erros que nós e os outros cometemos. Assim, o artesanato passa a ser, também, uma terapia para desenvolver a tolerância com todas as pessoas.

As peças de chamada deste post são exemplos de defeitos que viraram efeitos. Onde estão os erros? Só eu sei. É o meu segredo e não conto para ninguém!!!

Uma ótima semana a todos !

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