Em Tratamento

Bom dia, pessoal.

Hoje, vim apenas marcar presença. Passei a semana toda tratando sintomas de resfriado/gripe/covid/etc. e não consegui preparar o texto de hoje.

Como eu tive apenas sintomas leves (tosse, espirros, coriza), fui aconselhada a não sair para tentar fazer o teste de COVID, porque seria uma exposição muito maior. Está muito difícil fazer esse teste e há muita aglomeração nos locais.

Então, fiquei em casa, bebendo muita água e mantendo-me o mais afastada possível das pessoas. Ontem, ainda estava tossindo e espirrando, mas os sintomas parecem estar diminuindo.

Então, espero voltar à programação normal já na próxima postagem. Uma ótima semana a todos!

Aniversário de 200 anos

Bom dia, pessoal.

Não deixa de ser surpreendente perceber que, este ano, estamos comemorando duzentos, apenas duzentos anos de nossa independência política enquanto nação. Perto de países com histórias milenares, o Brasil é uma criança, e isso talvez explique muitos problemas que enfrentamos.   

É motivo de tristeza, porém, notar que as comemorações do bicentenário da Independência ocorrerão em plena campanha eleitoral. Assim como tantos outros aspectos da atualidade, creio que essa comemoração também será polarizada, desde um nacionalismo extremado até uma crítica anacrônica e sem sentido.   

Esse ano é um prato cheio para o lançamento de novas publicações sobre o tema. Só espero que as novas obras abandonem aquela forma burocrática de repetir data e nomes e se voltem a análises críticas que mostrem que esse episódio não foi tão simples ou fácil. Houve preços a se pagar, houve batalhas em vários estados e certamente houve um grande movimento diplomático.

Acho que já está na hora de perceber que aquele famoso quadro de Pedro Américo é uma licença poética e não um retrato da realidade. Dom Pedro não proclamou a Independência através de uma simples frase proferida de cima de um lindo cavalo. Aliás, ele sequer estava montado em um cavalo, o que não diminui a importância do momento. 

Enfim, nesse ano, deve haver um foco muito grande em História do Brasil, e isso me deixa feliz e na expectativa de que aproveitemos bem a oportunidade.

Tenham todos uma ótima semana!

Desafio do mês

Bom dia, pessoal!

Terminamos, assim, a primeira semana de um novo ano. Geralmente, começamos o novo ciclo com entusiasmo e vontade de fazer tudo ao mesmo tempo. Entretanto, as semanas vão passando, os meses vão passando e chegamos em Dezembro sem energia.

Por isso, resolvi mudar meu planejamento. Vou traçar metas ou desafios mensais para ter um ritmo mais linear durante todo o ano. Assim, o desafio do mês é um objetivo a ser perseguido e cobrado e o que vier além dele é lucro a ser comemorado.

Pensei nesse esquema de ação ao acompanhar um desafio de leituras para 2022. Há um determinado livro como meta para cada mês do ano e o desafio é tão somente cumprir essa meta. Imaginei, então, se não seria divertido expandir essa ideia para outras atividades.

Por ser uma ideia bem recente, eu não consegui montar um calendário completo de desafios. As metas criadas até agora dão conta apenas do primeiro trimestre: Janeiro (volta ao pilates), Fevereiro (Iniciar prática de conversação em espanhol) e Março (fazer uma peça de artesanato em madeira com uma técnica ainda não tentada). Pretendo completar o calendário nos próximos dias, e já imagino que uma outra vantagem dessa técnica é permitir uma retrospectiva de fim de ano muito mais interessante.

Entretanto, e o que é muito importante, mais do que o rigor de um desafio que será premiado ou punido, encaro essa lista como uma brincadeira comigo mesma. Uma brincadeira como nos tempos de infância, quando o processo era divertido e não havia nenhum tipo de pressão ou sentimento sério de competição.

Acho que será bem divertido e, ao fim do ano, eu conto como foi a experiência. Tenham todos uma ótima semana!

Seja Bem Vindo 2022

Bom dia, pessoal.

Eu costumo dizer que eu não falo sozinha, mas adoro falar comigo mesma e é exatamente isso que eu vou fazer hoje: vou conversar com meu eu de fins de 2020! Para isso, vou dialogar com alguns parágrafos da minha postagem de fim de ano anterior (a postagem de ano novo de 2021 completa está aqui) e ver o que mudou de lá para cá.

Começamos um novo ano, mas será que este será um ano novo? Será ele diferente de 2020? Se for, essa diferença será para melhor ou para pior? Particularmente, começo este ano com grandes sonhos, mas sem grandes planos. Para planejar, é preciso ter uma ideia de onde se está e aonde se quer ir, e o fato é que este cenário está longe de ser claro.

Estamos em um momento um pouco melhor do que aquele que eu estava percebendo em 2020. Temos uma ideia bem melhor dos problemas e dos riscos impostos pela pandemia e sabemos mais sobre como evitar a doença. Com isso, já é possível planejar encontros presenciais e voltar a fazer muitas atividades.

Mesmo que a vacina chegue e seja eficaz, não acredito em um primeiro semestre diferente de 2020, até porque, para aplicar vacinas, você precisa ter seringas e agulhas suficientes. Por isso, meus planos para este ano ainda levarão em conta as medidas sanitárias adotadas até agora: distanciamento, máscara, álcool gel, ventilação natural etc. Diferente de planejar, sonhar não tem limites, então, vale sonhar com um ano que marque o fim da pandemia e a constatação que temos uma sociedade mais empática.

E pensar que, hoje, já tomei três doses da vacina contra a COVID! A pandemia não chegou ao fim, certamente a sociedade não ficou mais empática e eu continuo a adotar todas essas medidas sanitárias. Entretanto, não se pode negar que andamos para a frente, o que já é um motivo de comemoração.

Várias de minhas atividades vão ficar no meio do caminho entre planejar e sonhar. Sonho com a volta do artesanato, mas planejo começar o ano com reciclagens simples, para uso próprio. Sonho em voltar a estudar, mas planejo selecionar algum curso de ensino à distância. Sonho com um projeto de jardinagem, mas planejo começar com o material que já tenho em casa. Então, sonho grande, mas planejo com, ao menos, um pé no chão.

Mais um pequeno passo dado aqui. Já voltei a fazer um pouco de artesanato, ainda que apenas para meu consumo. Ainda não me sinto à vontade para ir às lojas ou visitar clientes. Estudo e jardinagem foram projetos que foram desenvolvidos com sucesso.

Então, de forma geral, posso dizer que este foi um ano em que tivemos avanços. Para o ano que vem, o fim da pandemia ainda é um sonho e temos ainda o desafio imposto por um ano eleitoral. Acrescento à minha lista de sonhos o desejo de que não terminemos este novo ano ainda mais divididos e polarizados do que já estamos.

Também não custa sonhar que as pessoas troquem os fogos de artifício explosivos pelos coloridos, que são muito mais bonitos e não incomodam tanto. Não sei, porém, qual desses sonhos é o mais difícil de acontecer.

De qualquer forma, um excelente Ano Novo para todos, e que 2022 traga muitas coisas boas para cada um. Feliz 2022!

Ilíada – Final

Bom dia, pessoal.

Como eu disse anteriormente (ver Ilíada e Ilíada parte 2), não estou fazendo exatamente uma resenha deste livro, mas apenas algumas observações a respeito de pontos específicos desta história, que não narra a Guerra de Troia, mas um episódio desta guerra, conhecido como A Ira de Aquiles.

A ira de Aquiles acabou provocando muitas das baixas do exército grego, que esteve muito próximo da derrota. Na verdade, atendendo a um pedido da mãe de Aquiles, a deusa Tétis, essa era a intenção de Zeus: fazer com que os gregos chegassem a um ponto de desespero tal que fossem implorar a ajuda de Aquiles. Aqui poderíamos encontrar um dos primeiros casos na literatura em que se aplica aquele famoso conselho: Cuidado com o que você pede, porque pode obter!

O plano de Aquiles até que funciona, mas como ele se mantém irritado com Agamenon, ele prolonga sua ausência nos combates. Seu primo e grande amigo, Pátroclo, pede que ele ao menos lhe empreste suas armas para que, com elas, ele possa lutar em seu lugar e inspirar todo o exército grego para que eles afastem os troianos dos navios. Aquiles resolve aceitar o pedido de Pátroclo e é aí que as coisas começam a não sair como o planejado.

Em combate, Heitor, príncipe troiano, derrota e mata Pátroclo causando o enorme desespero de Aquiles e o fim de sua Ira, não porque Agamenon foi se humilhar implorando seu retorno, mas pelo desejo de vingar a morte de seu amigo. Esse retorno de Aquiles à luta só acontece no canto 19 (são 24 no total) e essa passagem está destacada abaixo:

“Logo que todos os homens da Acaia reunidos se acharam,
alça-se Aquiles de rápidos pés e lhes diz o seguinte:
‘Esta reconciliação, Agamémnone, fora mais útil
para nós dois, se levada a bom termo no dia em que fomos
pela Discórdia vencidos, por causa, tão só, de uma escrava.
Fora melhor que no dia em que os muros entrei de Lirnesso,
em nossos barcos a vida lhe fosse tirada por Ártemis.
Pelos imigos vencidos enquanto eu me achava irritado,
muitos Aqueus não teriam, sem dúvida, a poeira mordido.
Lucro somente os Troianos e Heitor obtiveram. Por muito
tempo os Aqueus hão de nossa discórdia lembrar, é certeza.
Mas o passado é passado. O dever me concita, nessa hora,
ainda que muito irritado, a refrear o rancor do imo peito.
Da ira desisto; não me orna, em verdade, mostrar-me implacável
por muito tempo. Mas vamos! agora incitar te compete
para o combate os Aquivos de soltos cabelos nos ombros.
Quero encontrar, novamente, os Troianos e ver se ainda insistem
em pernoitar junto aos nossos navios; mas penso que muitos
hão de, aliviados, os joelhos dobrar, quando escapos se virem
da fúria insana da guerra e de nossa hasta longa e invencível.”
Isso disse ele; os Acaios de grevas bem-feitas exultam por ver
do grande Pelida acalmado o rancor, finalmente.”

Deste ponto em diante , os acontecimentos se sucedem rapidamente e o poema termina em uma cena emocionante que envolve Príamo, rei de Tróia. Lembrando sempre que a guerra continua por mais um ano após os fatos descritos neste poema, mas os acontecimentos e o final da guerra é contado apenas em Odisseia, poema que narra a volta de Ulisses (Odisseu) para Ítaca, sua casa. Para saber como foi esse retorno, basta acompanhar as postagens a partir daqui.

Tenham todos uma ótima semana.

Crises

Bom dia, pessoal.

Se tem uma coisa que se pode afirmar a respeito de uma crise é que ninguém sai dela da mesma forma que entrou. Nesse sentido, falar em volta à normalidade após a pandemia é um contrassenso, porque ninguém que tenha vivido o antes estará lá para viver o depois. Todos teremos mudado, mesmo que uns mais e outros menos.   

A questão, porém, é que isso não é necessariamente algo ruim. Os chineses costumam dizer que toda crise representa uma oportunidade. Geralmente, essa frase é associada a questões econômicas, mas pode ser estendida a vários outros aspectos.   

A grande dificuldade, claro, é perceber essas oportunidades. Muitas vezes, estamos tão atolados na crise e tão focados em notícias e expectativas ruins, que não conseguimos ver as coisas a partir de outras perspectivas, não conseguimos encontrar outros caminhos e isso nos leva ao pânico. 

Não acho que haja fórmulas mágicas para passar por uma crise. Só sei que existem dois fatores a serem considerados nesse tipo de situação: a crise em si e a pessoa que passa por ela. A grande maioria de nós não tem como debelar uma crise como essa causada pela atual pandemia, por exemplo. Entretanto, todos e cada um de nós precisa se concentrar naquilo sobre o qual tem algum controle: nós mesmos. Cada um precisa ser um agente ativo na busca de uma forma de superação que funcione para si, ainda que, para isso, precise de algum tipo de ajuda. O importante, me parece, é perceber que não podemos esperar o fim da pandemia para ver o que sobrou de nós.

O que estamos fazendo (se estamos fazendo) para sair mais forte do outro lado? É algo interessante a se pensar nesta que espero seja uma ótima semana para todos.

Lições de Harry Potter

Bom dia, pessoal.

Há algum tempo, eu ouvi uma análise filosófica de Harry Potter e o que me chamou mais a atenção foi a observação de que o que melhor definia Harry não era sua habilidade no quadribol, seu talento mágico ou sua inteligência, mas suas escolhas. Eu nunca havia pensado nisso, mas faz muito sentido. Harry tinha a possibilidade de ser muito poderoso em Sonserina (assim disse o chapéu seletor), mas ele escolheu outra casa. Ele também escolheu o tipo de amigos que queria e escolheu um caminho que, após sete livros, o levou a uma situação em que escolheu não ficar com a posse da super-varinha mágica.   

Fazer escolhas nem sempre é fácil e, em uma sociedade massificada e polarizada, torna-se ainda mais difícil. A meu ver, ser capaz de fazer escolhas depende de um grau minimamente saudável de individualismo e a razão disso é simples: se a pessoa segue cegamente a massa, alguém, que não ela, estará fazendo as escolhas e definindo o caminho. Abrir mão da individualidade, portanto, implica abrir mão de fazer as próprias escolhas. 

Voltando ao ambiente de Harry Potter, é interessante notar que seu poder de escolha é exercido em um em um mundo repleto de magia, mas não de Redes Sociais. A comunicação, apesar de ser feita através de corujas, continua sendo composta de mensagens individuais (como as boas e velhas cartas), e não massificada, com aplicativos em que uma fala atinge muitas pessoas simultaneamente. Fico pensando se isso não é também um fator que permitiu a Harry fazer suas próprias escolhas, pois não me parece que haja uma coincidência aí.   

Bem, eu não tenho corujas para enviar minhas mensagens. Então, vai por aqui mesmo. Tenham todos uma ótima semana!

Revelações da História

Bom dia, pessoal.

Sem entrar em debates ou controvérsias, o fato histórico é que a Igreja Católica estabeleceu, nos concílios de Latrão (1123 e 1139), que os clérigos não poderiam casar ou mesmo se relacionar com concubinas.   

Naqueles tempos, porém, não havia telégrafo, muito menos Internet. Se houvesse patrulhas ideológicas ou vigilantes do politicamente correto, esses grupos não teriam poder de organização e nem agilidade para interferir em qualquer situação. Além disso, assim como hoje no Brasil, havia leis que não pegavam e outras que eram interpretadas segundo a conveniência e o poder das pessoas envolvidas.   

Com esse pano de fundo, está sendo muito interessante ler uma ficção histórica em torno do papado de Alexandre VI, espanhol cujo nome era Rodrigo Bórgia. Além do poder do Papa Alexandre VI, a Itália também se via às voltas com seus filhos, com destaque para César e Lucrécia Bórgia. Aliás, segundo tese que não sei se é consensual, César Bórgia foi o modelo em que Maquiavel se inspirou para escrever O Príncipe, considerada sua obra mais importante.   

Alexandre VI “reinou” em um período movimentado da história (final do século XV). A América foi descoberta, o Atlântico foi formalmente dividido entre Portugal e Espanha, casamentos eram arranjados e desfeitos de acordo com o interesse de Estado etc. Várias dessas coisas dependiam da licença de Bulas do Papa, o que gerava uma corrupção enorme e fazia do Papa um Príncipe, que possuía grande poder político.   

São esses exemplos  que sempre me mostram que os problemas de conduta ética não se restringem a um local ou mesmo a um povo, mas dependem tão somente de um conjunto de circunstâncias e de oportunidades. Não tem nada mais democrático e igualitário que a História! 

Tenham todos uma ótima semana!.

O Retorno

Bom dia, pessoal.

Estou muito feliz, porque esta semana eu voltei ao artesanato! Este processo de retorno será lento e gradual: não estou atendendo encomendas, expondo peças nem nada do tipo. Ainda estou usando o material já em estoque e fazendo as coisas bem devagar. Esta semana, porém, foi bem marcante para mim.

A primeira grande notícia é que, até agora, ainda não encontrei nenhum material estragado. Minha grande preocupação eram as tintas. Por mais que eu tenha chacoalhado os potes durante este período (confesso que não muito periodicamente), foram quase dois anos de estoque. O produto que não resistiu muito bem foi um tubo de cola branca. Não endureceu completamente, mas tem sido necessário passar cola com o auxílio de um palito.

Essa semana fiz, como pode ser visto na figura de chamada, um porta batom em madeira e reutilizei algumas latas de leite em pó, além de ter começado um curso de artesanato em madeira para fazer uma reciclagem. Essas atividades me deram uma sensação realmente muito boa e fiquei bastante feliz.

Claro que, como muitos novos procedimentos criados na pandemia, a escrita de textos para este blog vai continuar a ser bem variada. Não poderei nunca me esquecer como escrever aqui me ajudou a passar por esse longo período de inatividade no artesanato! Da mesma forma, a literatura também foi uma grande companheira e seu espaço aqui está garantido.

Esse retorno, claro, não significa que eu acho que a pandemia tenha acabado e que o “normal” voltou. Ainda pretendo manter todas as medidas de segurança por muito tempo, mas, já vacinada, começo a ver uma luz no fim do túnel.

Tenham todos uma ótima semana!

Ilíada – Parte 2

Bom dia, pessoal.

Como eu disse anteriormente (ver Ilíada), não vou fazer uma resenha deste livro, mas vou fazer algumas observações a respeito de pontos específicos desta história, que não narra a Guerra de Troia, mas um episódio desta guerra, conhecido como A Ira de Aquiles.

Cheguei, assim, a uma passagem muito interessante do poema. Aquiles havia decidido não continuar na luta porque se considerou injustiçado pelo líder dos gregos, Agamenon. A partir daí, os gregos começam a ser derrotados pelos troianos e ficam desesperados com a situação. Para eles, a única esperança era o retorno de Aquiles à guerra e, para isso, Agamenon envia emissários com a oferta de um tesouro imenso: riquezas em ouro e prata, escravas troianas, o governo de várias cidades, o casamento com uma das filhas do próprio Agamenon etc. Aquiles recusa essa oferta e o faz com um discurso sobre a insinceridade de Agamenon, sobre a injustiça da forma com que foi tratado, entre outras coisas.   

Bem, anteriormente, a mãe de Aquiles, a deusa Tétis, havia lhe dito que ele tinha dois destinos possíveis: ou lutaria e morreria em Troia, alcançando fama eterna, ou abandonaria a guerra e voltaria para casa, onde teria uma longa vida. Com essa informação, percebemos que a fantástica oferta de bens materiais feita por Agamenon fica reduzida a nada!   

Então, vamos lá … A oferta de Agamenon pode ser considerada suborno? Em caso positivo, temos um Aquiles que recusa ser subornado. Por outro lado, essa recusa pode ser considerada um sinal de moralidade, já que ele sabe que não poderá usufruir do “tesouro”?   

Essa me parece aquela situação de obedecer ou não à placa que avisa ser proibido pisar a grama, ao mesmo tempo que o local está monitorado por uma câmera. A pessoa que não pisa a grama não o faz porque isso é uma coisa errada segundo as regras estabelecidas ou porque sabe que sua atitude está sendo vista?   

Será que, se Aquiles não conhecesse o resultado de suas escolhas, ele recusaria o tesouro com os argumentos que utilizou? Trazendo para os dias de hoje, será que um político sabendo que não poderá usufruir de um suborno, não seria um campeão da moralidade e da ética?   

Essa passagem traz muitas reflexões sobre a causa e o valor de nossas ações e trago essa questão para vocês refletirem também. Tenham todos uma ótima semana!