Bom dia, pessoal.

Dentro do meu vasto leque de incompetências, uma das maiores, sem dúvida, é a incapacidade de ler e compreender poesia. Os poucos poemas que eu consigo apreciar são os épicos e Neruda.   

O porquê de eu conseguir ler a poesia épica é fácil de entender. Nela, o poema é apenas uma ferramenta, um estilo literário que serve de fio condutor para narrar uma história. Por mais que se use uma linguagem simbólica e referências mitológicas, tudo isso fica a serviço da narração de algo muito bem definido. De Homero a Camões, os poemas épicos fazem sentido para mim, o que está longe de acontecer com a poesia lírica. Essa eu não consigo entender ou interpretar e, portanto, não consigo apreciar. E onde entra Neruda nessa história?

Pablo Neruda não escrevia poemas épicos, mas a sua poesia fala sobre as coisas que vemos diariamente, fala sobre pessoas reais e, muitas vezes, históricas. Ele descreve coisas concretas através de uma visão diferente e expressa essa visão em versos. Vocês têm que admitir que uma pessoa que escreve uma ode à cebola é, no mínimo, um poeta diferente.   

O fato é que eu adoro Neruda e, esse mês, estou relendo algumas de suas poesias. Essa é minha forma de homenagear esse poeta, que faleceu em um mês de Setembro há quarenta e oito anos. Para quem nunca leu sua obra, fica aqui a dica.   

Tenham todos uma ótima semana!

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