Bom dia a todos!

No dia 16 de novembro, comemorou-se o dia internacional da tolerância. De forma geral, considera-se que praticar tolerância é conviver e aceitar todas as pessoas, mesmo quando isso vai contra nossas convicções e conceitos. A meu ver, essa definição é impraticável para a grande maioria dos seres humanos e, portanto, uma meta inatingível.

Acho que é mais simples e factível definir tolerância como a prática de reconhecer que a nossa forma de viver não pode ser imposta aos outros. É aceitar o fato de que não podemos transformar o diferente em um igual. Podemos ter opiniões diferentes, mas ser tolerante significa saber que essa diferença não significa necessariamente que a minha opinião é a correta. Isso significa que não devemos ter opiniões e valores? Não. Significa apenas reconhecer que nossas opiniões e valores não podem ser impostos como um padrão de correção.

Eu, muito provavelmente, não conseguiria conviver com pessoas que acredito não serem ou agirem de acordo com meus valores, mas admito que essas pessoas existem e que têm o direito de existir. As leis escritas e registradas existem para criar uma média de comportamento social aceitável para todos. Elas podem ser fiscalizadas e as pessoas podem ser punidas quando não as cumprem mas, a convivência entre vários grupos diferentes é ditada por um padrão de tolerância individual, não escrito e nem um pouco uniforme. E é aí que se encontra o maior problema quando falamos em convívio social.

Indo um pouco mais longe e deixando as tarefa ainda mais difícil, praticar tolerância é saber que eu mesma não sou como gostaria de ser. Eu cometo erros, sou injusta, muitas vezes estou errada. Aceitar isso não é fácil mas, é importantíssimo para que eu seja uma pessoa mais tolerante e possa conviver em uma sociedade multifacetada. Não há donos da verdade ou da virtude. Todos têm seus defeitos e seus problemas. Então, ser tolerante começa por perceber que eu sou parte desse “todos”, e não um ser especial.

Por hoje é isso. Ótima semana a todos !

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