Bom dia, pessoal.

Há algum tempo, eu assisti a um episódio de uma série que estou acompanhando na TV, que mostra a vida em uma “academia para moças” na Sevilha do início do século XX. No episódio, dois rapazes, um diretor e um ator de cinema, foram a essa academia dar uma palestra sobre o que era o cinema e como a sua principal função era a de contar uma estória. 

Fiquei vendo a cena e pensando que talvez isso seja o que eu mais sinto falta e o que acabou me afastando há alguns anos do cinema. Tenho muita saudade do tempo em que o cinema contava estórias. Há muito tempo que as estórias, porém, deixaram de ser o mais importante, sendo substituídas por enredos cuja função principal é levar o público a cenas de ação que utilizem muitos efeitos especiais.   

Quem já teve o privilégio de ouvir um contador de estórias sabe que não há nenhuma necessidade de haver explosões, sangue, lutas coreografadas ou qualquer outro efeito para cativar o público. O essencial sempre foi a estória e, para contá-la, não é necessária nenhuma tecnologia.   

Acho que o cinema errou a mão ao colocar os efeitos especiais acima da narrativa. Como toda onda, é provável que essa, um dia, mude de direção outra vez. Em algum momento, todos vão perceber que passaram duas horas em uma sala escura, vendo um monte de cenas e que, ao final, não conseguem contar uma estória coerente baseados no que viram. Nesse momento, o cinema pode mudar de novo. Quem sabe?   

Tenham todos uma ótima semana!

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