Bom dia, pessoal!
Os livros têm sido uma companhia indispensável, pelo menos para mim, no isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19. Eu tenho lido bastante, mas no último ano (março/2020 a março/2021) só adquiri dois livros em papel. Isso me deixa com certa dor na consciência, porque sei que não é um comportamento que ajude às nossas já poucas livrarias, que estão passando por momentos muito difíceis.
Tenho dado clara preferência a aquisição de livros eletrônicos por uma questão de infraestrutura. Eu tenho um espaço limitado e pequeno para armazenar livros aqui em casa. A solução até então usada era a doação periódica, mas essa opção foi inviabilizada pelo fato de eu não ter carro e não estar circulando por aí em transporte público. Resultado: se antes, eu adquiria livros eletrônicos para facilitar a vida da minha coluna (livros de mais de 500 páginas são pesados!), agora tenho dado preferência a esse tipo de livro, não importando mais o tamanho da obra.
Na minha opinião, essa migração de formato traz uma séria consequência, que é justamente o fim das doações. Mesmo que eu queira, não tenho como doar livros eletrônicos para pessoas e bibliotecas ou mesmo vendê-los para sebos. Isso é muito ruim, porque há uma quantidade enorme de pessoas que se beneficia destas práticas para conseguir os livros necessários para estudar, por exemplo.
Eu espero que essa seja uma situação temporária, mas me pergunto se as livrarias e sebos vão aguentar este período difícil pelo qual estamos todos passando. Claro que talvez a situação aqui em casa não seja a regra, e eu espero que realmente não seja, mas é algo que me preocupa. Não sei se já existe, mas talvez fosse muito interessante a criação de um serviço que recolha livros em domicílio.
Enquanto não descubro nada do gênero, só posso continuar com os livros eletrônicos e torcer para os livros em papel consigam sobreviver a esses tempos difíceis. Tenham todos uma ótima semana!