Bom dia, pessoal!
Há alguns dias, vi um artigo cujo título era uma questão interessante: até que idade devemos brincar? O termo “até” me deixou incomodada porque estabelece um limite, como se brincar representasse uma fase que deve ser ultrapassada. Posso concordar que brinquedos e brincadeiras representam uma fase. Hoje em dia, por exemplo, não posso brincar de pique e não tenho nenhuma vontade de brincar com bonecas. Entretanto, a atividade de brincar é atemporal. Brincar é divertido, relaxante, socializa e não tem contraindicações. Basta se adaptar ao brinquedo e à brincadeira.
Muitas pessoas dizem que essa atividade é coisa exclusivamente de crianças. Muitas outras mudam o nome da atividade para não se sentirem infantis. Nesse caso, brincadeira passa a ser chamada de terapia, atividade contra o estresse, passatempo etc.
Eu não me incomodo nem um pouco em dizer que gosto, sim, de brincar: montar quebra-cabeças, fazer palavras cruzadas, jogar jogos de tabuleiro etc. Por que eu deveria achar que, ao praticar tais atividades eu não estou brincando? Desenhos de colorir para adultos não é uma atividade lúdica? Sinceramente, não entendo brincadeira como uma atividade exclusivamente infantil, mas como uma atividade humana perfeitamente saudável! Não vejo problema algum em valorizar o brincar, reconhecendo nele algo que nos ajuda a lidar com o estresse do dia a dia e que nos alegra.
Talvez a sociedade não fosse tão doente se as pessoas resgatassem essa atividade, sem o compromisso da competição. Acredito que os esportes tenham perdido parte de seu apelo justamente quando deixaram de ser uma brincadeira e passaram a ser um negócio competitivo.
Enfim, respondendo a pergunta da matéria, acho que devemos brincar até a idade máxima que consigamos nos divertir com a brincadeira. É isso, e desejo a todos uma ótima semana!