Bom dia, pessoal.

Acredito que o hábito de fazer palavras cruzadas treina a mente a considerar normal o uso de um conhecimento (uma palavra) como ferramenta para a compreensão de outros, mesmo que esses outros sejam de natureza totalmente diversa.

Não estou citando nenhum estudo ou opinião de especialistas, mas apenas externando uma conclusão de minha própria experiência. Eu cresci fazendo palavras cruzadas, desde o bom e velho Picolé até aos níveis mais difíceis. Essas revistinhas eram as companheiras dos dias chuvosos e dos momentos em que realmente eu precisava passar o tempo! Quantas e quantas vezes eu deduzi uma palavra através das letras de outras. E é justamente isso que me ensinou a pensar nessa estratégia como uma ferramenta.

De forma análoga às palavras cruzadas, acho perfeitamente normal utilizar um conceito de matemática, por exemplo, para compreender algo de língua portuguesa. O mecanismo distributivo usado na matemática para compreender a expressão a(x+1) pode perfeitamente ser usado para compreender a construção aditiva “viajar a Paris e a Madri” de língua portuguesa. Simplesmente, não há necessidade de reinventar a roda.

Eu sempre achei que o hábito de fazer palavras cruzadas deveria ser estimulado pela escola, até como construção de conhecimento geral, já que, em uma mesma página, você tem questões de várias disciplinas e, ainda que as questões não sejam relacionadas a um conteúdo programático escolar, elas podem despertar a curiosidade e a vontade de pesquisar.

Claro que, não sendo educadora, deve haver vários aspectos que eu não estou considerando, mas não vejo como o incentivo à aquisição de conhecimento geral possa ser errado, ainda mais quando essa aquisição se dá de forma lúdica. É uma forma de descobrir que o ato de aprender pode ser uma grande diversão.

Desejo a todos uma ótima semana”

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