Olá, pessoal.

Uma vez eu li uma história que criou raízes em mim e que passo a compartilhar com vocês. A história aborda a relação mestre-discípulo de um ponto de vista diferente.

Havia um homem que caminhava pela estrada com o firme propósito de encontrar um mestre que o guiasse pela vida. Passando pela porta de uma casa, ele viu um escultor que olhava atentamente para um bloco de pedra. O escultor colocou o formão em uma determinada posição sobre a pedra, respirou fundo e aplicou uma forte martelada. Nisso, a pedra rachou e surgiu a escultura praticamente pronta.

O homem ficou maravilhado e pensou consigo mesmo que finalmente havia encontrado seu mestre. Ele entrou humildemente no terreno e implorou ao escultor que se tornasse o seu mestre. O escultor o olhou espantado e perguntou o porquê de tão estranho pedido.

O homem disse que jamais havia visto um feito como aquele, que deixara claro que o escultor tinha um poder fantástico e, por isso, o homem desejava que ele se tornasse o seu mestre. O escultor riu e disse que não, que o que o homem viu não o qualificava como mestre.

O homem ficou perplexo e insistiu que havia testemunhado um feito impressionante e de grande poder. O escultor negou de novo, dizendo que o que o homem testemunhou foi a centésima martelada, aquela que finalizou o serviço. Disse que o homem não estava presente para testemunhar as outras noventa e nove marteladas prévias, que aparentemente não surtiram qualquer efeito, mas que foram necessárias para preparar e tornar possível a centésima martelada.

Eu adoro essa história e sempre lembro dela quando alguma técnica não funciona ou quando não fico satisfeita com uma peça. Sempre penso que não deu certo porque ainda não era ainda a centésima martelada, mas é uma das etapas necessárias de preparação, e, da próxima vez, quem sabe? O que não se pode fazer é desistir!

É isso. Uma ótima semana a todos.

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